O planejamento cicloviário baseia-se na premissa de incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte em uma cidade ou região. O enfoque visa enxergar o uso da bicicleta no contexto urbano para atender as necessidades reais dos ciclistas em um sistema viário dominado por veículos automotores. O bom planejamento cicloviário necessita de segurança viária para circulação. bem como de infraestrutura adequada de estacionamento para bicicletas.



Plano Cicloviário de Fortaleza. Ainda uma ideia.


PRINCÍPIOS –

1. Segurança Viária
O planejamento e desenho da infraestrutura cicloviária tem de ser pensando em conjunto. Redes viárias, pisos de qualidade e cruzamentos que não gerem riscos. Tudo deve garantir deslocamentos seguros para todos os usuários, sejam ou não ciclistas.

2. Rotas diretas/rapidez
Nesse caso tudo deverá ser pensado com o objetivo de minimizar o tempo e o esforço necessário para os deslocamentos por bicicleta. Como a água segue sempre o caminho mais curto e rápido, assim devem ser as rotas cicloviárias de qualidade.

3. Coerência
Ser coerente implica manter não só uma unidade visual em relação a sinalização e pisos, mas também em rotas completas e fáceis de serem seguidas.

4. Conforto
Para que mais pessoas utilizem a bicicleta com meio de transporte, o fato das vias serem confortáveis certamente representa um fator fundamental. Atingir esse objetivo requer poucas paradas, piso de qualidade, largura adequada, proteção das intempéries sempre que possível e que o ciclista nunca seja forçado a desmontar da bicicleta durante seu deslocamento.

5. Atratividade
A atratividade requer um grande esforço no planejamento, mas necessária. Quem não usa a bicicleta como meio de transporte se sentirá convidado a fazê-lo quanto mais atrativa for a infraestrutura. Para isso, deve-se pensar em rotas que cruzem ambientes diversificados, agradáveis, que não coincidam com vias arteriais de trânsito motorizado e por fim, que não sejam zonas inseguras.

TIPOS DE INFRAESTRUTURA

Ciclovia
É um espaço segregado fisicamente do tráfego automóvel. Pode ser unidirecional (um só sentido) ou bidirecional (dois sentidos) e são regra geral adjacentes a vias de circulação automóvel ou em corredores verdes independentes da rede viária. É isolada por barreira física, seja uma mureta, meio fio elevado, grade, blocos de concreto ou alguma outra forma de isolamento fixo. São recomendadas em grandes avenidas e vias expressas para proteger os ciclistas de um trânsito intenso e/ou rápido de veículos motorizados.

Ciclofaixa
É uma faixa das vias de tráfego, geralmente no mesmo sentido de direção dos automóveis e na maioria das vezes ao lado direito em mão única. Normalmente, nestas circunstâncias, a circulação de bicicletas é integrada ao trânsito de veículos, havendo somente uma faixa ou um separador físico, como blocos de concreto, olhos de gato ou tachões. É indicada para vias de trânsito motorizado moderado e em baixa velocidade.

Ciclo-rota
Convencionou-se dar o nome de ciclo-rota a um caminho, com ou sem sinalização, que representa uma rota recomendada para o ciclista. Representa o trajeto, sem qualquer segregação ou sinalização contínua.

Ciclovia operacional
Também chamada de ciclofaixa de lazer, é uma faixa exclusiva instalada temporariamente em um sistema viário e operada por agentes de trânsito, isolada do tráfego motorizado através de elementos removíveis, tais como: cones, cavaletes, grades móveis, fitas, etc.

Espaço compartilhado
Os espaços compartilhados removem a tradicional segregação entre os veículos automotores, pedestres e outros usuários das vias. Sistemas convencionais de gestão de ruas como cortes, faixas, linhas, sinais e símbolos são substituídos por uma abordagem integrada, orientada para a compreensão do espaço público pelas pessoas. Com isto, caminhadas, ciclismo, compras e atividades como andar de carro se tornam ações integradas.