O conceito de “cidades de baixo
carbono”, ainda em construção, consiste em uma tentativa de introduzir, no
debate ambiental, as questões relativas ao papel das cidades nas mudanças
climáticas. Ele enfatiza principalmente a importância das metrópoles como grandes produtores de dióxido de carbono, num mundo
cada vez mais urbanizado.
E também destaca,
entre outras questões: o papel da energia verde e dos processos de produção de
energia descentralizados; novas opções de suprimento e de demanda de energia; e
a importância da mudança de estilos de vida e padrões de consumo.
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A associação dos diversos fatores que
compõem as cidades – centros de atividade econômica e de concentração e
crescimento populacional – leva as atividades urbanas cotidianas a emitirem
gases causadores do efeito estufa, contribuindo para sua alta concentração na
atmosfera e, consequentemente, para o agravamento da crise originada pelas
mudanças climáticas.
O uso de energia pelos diferentes setores (usos do solo, consumo de bens
e serviços, transportes, geração e manejo de resíduos, etc.), são atividades que contribuem em larga proporção,
individualmente ou de forma agregada, para as emissões de gases de efeito
estufa (GEE) na atmosfera, dentre eles o dióxido de carbono. Estima-se que
entre 70% e 80% das emissões de GEE que afetam o equilíbrio do clima global no
mundo têm origem nas cidades.